terça-feira, 9 de março de 2010

" Doutores da Alegria - O engraçado é que é sério."


Para entender como começou, temos que nos transporta até o ano de 1986, quando o americano Michael Chistensen, palhaço integrante do Big Apple Circus de Nova Iorque, em uma de suas apresentações, a um público em um hospital, pediu pra visitar as crianças que não puderam ir até o seu espetáculo porque estavam internadas. Foi então que ele transformou aqueles olhares tristes, distantes em risos soltos. Em setembro de 1991, Wellington Nogueira trouxe um projeto parecido para o Brasil. O primeiro hospital a receber os Doutores da Alegria foi o Hospital da Criança.

O trabalho tem como objetivo principal alegrar os dias de crianças, pais de hospitalizados, funcionários dos hospitais e etc. Através de suas palhaçadas, humanizam e amenizam a dura realidade dos hospitais. Aproximar essas pessoas da realidade “comum”, em foco as crianças, é o maior dos desafios, visto que, parte deles perdem a infância lutando contra uma doença, em quanto deveriam - ou pelo menos gostariam - de estar brincando.

O Grupo tem a pretensão de expandir o trabalho, hoje realizado apenas em alguns hospitais de São Paulo, Recife, e Belo Horizonte para hospitais das capitais e outras grandes cidades. O critério para a escolha dos atendidos é bem simples, normalmente hospitais que atendam o maior numero de crianças são os privilegiados.

Os Doutores da alegria mantêm o projeto como ajuda de colaboradores, empresas, doações esporádica, e também realizando espetáculos fora do ambiente hospitalar, esses sim são cobrados ingressos para assistir a apresentação.

Ao longo dos anos, e conforme a eficiências do trabalho desenvolvido alcançaram vários prêmios,dentre eles podemos cita: Prêmio Criança, prêmio de Dubai, prêmio USP de Direitos Humanos, prêmios Farmais, prêmios Bem Eficiente-2003, prêmio Camargo Correia.


A maior dificuldade na excussão deste trabalho, talvez não seja o fato de entrar em hospitais fazer palhaçadas, cantar, pular, interagir com aquelas pessoas, mas sim fazer com que aqueles acreditem que é possível, viver normalmente entre os outros. Fazer com que busquem uma sociedade onde nossas diferenças sejam apenas diferenças, e não o que define quem nós realmente somos e o que devemos fazer ou não.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei essa matéria. Pra falar a verdade nunca tive um interesse sequer em conhecer esse tipo de trabalho, mas dá pra perceber a importância dessas pessoas - "anjos" - na vida de crianças carentes... de afeto, de alegria e como você falou, de se sentirem inseridas no mundo. É realmente pra quem tem o dom, principalmente de tornar a frieza e uma ala hospitalar - e sei bem como é isso - em um ambiente mais orgânico e humano. Beijos !

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