domingo, 28 de fevereiro de 2010

Offs em um mundo on

O termo inclusão digital tem sido citado em diversas discussões, quer seja no âmbito político, filantrópico, ou até mesmo em uma simples e rotineira conversa de meio de corredor.Mas então o que seria essa tal inclusão? A quem ela se destina? E quais as suas perspectivas? Duvidas que rondam.

Para esclarecer um pouco basta entender que Inclusão Digital é a busca pela garantia de que todos tenham acesso a tecnologias de informação e comunicação. O foco é integrar pessoas de todas as classes econômicas em uma rede, onde tenham acesso a informação  de qualidade.

Em conversa, com a dona de casa Jovita Alves, 43 anos, nascida em Mantena MG, e residente em Brasília desde 1986, apesar de possuir computador com acesso a Internet em sua residência, considera-se uma excluída digital por não entender a linguagem, e não ter interesse em aprender a dominar o computador.

“Do meu ponto de vista, a Internet mostra-se de grande valia, principalmente para o bom desenvolvimento da comunicação, já que  hoje é possível acessar, de qualquer lugar, até mesmo de um simples celular, sem falar nas inúmeras casas de “lan house”. Ressalta Jovita.

Talvez essa seja só a ponta de um enorme iceberg de discussões. Mas para início, é bom pensar. Não é necessário apenas incluir a pessoa em uma rede online, mas sim prover política sociais que possibilitem uma vida digna no mundo o qual vive, na realidade do cotidiano.

 

INCLUSÃO DIGITAL

Por: Amanda Kesia







Web Off lines
Na era da informação existem pessoas que nunca acessaram a internet e desconhecem totalmente a linguagem web. Seria isso possível em pleno Século XXI?

O Brasil é o 5º país com o maior número de acesso à internet, segundo o site Ibope Nielsen Online. A cada ano tem crescido o número de internautas e isso tem atraído o mercado publicitário mundial. Mesmo com todo esse turbilhão comercial e as facilidades de acesso a informação pela web, existe ainda pessoas que nunca viram sequer um email. Falar em blog, Orkut, MSN, parece até linguagem subliminar. São os, por mim chamados, “web off lines”.
Para os Wol’s (Web Off Line’s), a internet é algo longe da sua realidade. Encaixam-se nesse meio, pessoas sem muito estudo, habitantes rurais, população de baixa renda, que não tem dinheiro para freqüentar lan houses.

Conversamos com uma senhora nascida no interior da Paraíba. Sem muito estudo e de linguagem simples, dona Terezinha Silva, 64 anos, nunca usou um computador e nem sabe ao certo o que é internet. Perguntada sobre a importância da internet para ela, disse: “é importante pra pessoa que é novo e sabe falar”. Mostrando ser uma pessoa bastante curiosa, ela tem opinião formada sobre a web: “é bom. É uma coisa muito importante, mas não tenho oportunidade de possuir”, confessou ela.

Em junho de 2008, 22,8 milhões de pessoas usaram internet residencial, segundo dados do Ibope/NetRatings, mas esse número cada vez mais crescente de internautas ainda não reflete uma grande parcela da população, exclusos digitais, que se somados a esse número, aumentariam consideravelmente a posição do Brasil no ranking dos países com maior número de usuários da era digital.

Postado por: Elizeu Silva